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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Boa noite querido Elmin,

Não suportei seu silêncio, então estou escrevendo mais uma vez.
Gostaste do meu presente?
Sei que talvez possa ferir a sua sensibilidade pudica, mas compreenda que estou enevoada, aqui onde estou.
Não consigo mais encontrar o tempo em que toquei seu rosto pela última vez e o fio que nos une é ele. Sei que ele é seu, porém o roubei de ti.
Hoje é ele que dorme comigo todas as noites, é quem aconchego no peito, é quem respira minha essência...
No entanto, a pouco recebi uma bofetada e onde estava você... El?
Penso se ele sabe muito mais sobre eu e você, e agora sobre nós três, do que poderiamos supor, afinal ele me diz volta e meia:
"Se o veneno, a paixão, o estupro, a punhalada
Não bordaram ainda com desenho fino
A trama vã de nossos míseros destinos,
É que nossa alma arriscou pouco ou quase nada."
Me debato inquieta, diga-me, responda-me...

A ti,
Due.

2 comentários:

ewé ifá disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ewé ifá disse...

Silêncio amada Due, silêncio...

Ainda que não suportes a surdina do que em mim é quieto, silencia, apascenta o sismo de suas terras. Mesmo que eu desmonte relógios a procura do tátil do tempo, mastigando a espessura perdurada de suas nevoas, Due, em mim, nos meus adentros, eu guardo teus vermelhos.
Mesmo que sejam os dele, e são os dele: acres cerdas de cavalgadas.

Se acaso hoje são com lâminas que enterneço as tardes. É que entalho, no corpo, o desejo...

Do teu,
Pietro