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sábado, 9 de outubro de 2010

Minha Querida,

Meu silêncio não foi proposital, apesar de também não ter sido mero acaso...
Vivo em um mundo onde as trevas são rotina. Nele, estou cercado de espectros que tem como ofício anular os meus sentidos.
Estou cego ao seu lindo semblante, surdo à sua doce voz e anósmico a seu suave perfume. Nínguem me percebe mesmo que os toque e as palavras articuladas pelos meus lábios não são ouvidas (nem entendidas).
No entanto, eles não me tiraram aquilo que me dá mais força: a razão. É ela quem me permite viver, por ela que ainda resisto, através dela que alimento meu desejo por ti.
Quisera acariciar sua face, afastar teus cabelos macios para trás de sua orelha e assim como um voraz devasso te possuir sem qualquer tipo de tabu.
Pudico?! Minha (suposta) casta já há muito tempo que dissipou-se junto com meus sonhos.
Hoje, minha amada, são só tormentos...
Para me livrar momentaneamente destes, me apego a pequenos prazeres, que habitam nosso espírito e o corpo viciam.

Talvez por meio dele você possa compreender bastante do que te relato.
Contudo, nossas correpondências ainda são aquilo que mais nos aproxima. Espero que apenas por enquanto.

Com amor,
Elmin

P.S.: J'ai aimé les fleurs que tu m'as envoyé!

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