Em algum lugar neste ano,
Para...
Onde está você?
Para onde fomos nós, naquele dia em que me levou pela mão?
Consigo sentir o cheiro da terra e algumas plantas batem no meu rosto enquanto sorriu, as lágrimas já secaram no meu sorriso.
Gostaria de perder mil horas antes que o nosso sonho acabasse, antes que me derramasse e as amarras trincassem. Porque pensar agora em amarras se as borboletas continuam a respirar resplandecentes?
Sinto aquele cheiro de vida e lembro do nosso primeiro toque, aquele olhar que me levou a tocar os lábios e perguntar se poderia sentir o tempo entre meus dedos e seu olhar... entre meus lábios e seu sorriso... entre o meu coração e a sua respiração.
Já deixei de professar os encantamentos, deixei de ler as fábulas perdidas, me encontro aqui um pouco encolhida, um pouco reticente, um além, só querendo ver o aglomerado de nuvens, que lembro, o seu sorriso me trouxe.
Não gostaria de pedir demais de mim, mas penso como queria sentir os teus cabelos entre as maõs e o seu suave pelo sobre a minha pele... sem murmúrios, só o gracioso silêncio.
Quando lembro que ao olhar para ti senti como se tudo tivesse um encaixe, sei hoje que isso é insano, mas aquele foi o momento em que senti tudo sem razão e o momento como plenamente agora.
Hoje ele está silencioso, dormindo nos pequenos lagos do pensamento, mesmo assim mandarei um beijo, que sei, quer mandar.
Agora só posso respirar fundo e continuar a escrever enquanto o tempo existe e minhas mãos ... ainda são minhas.
De mim.
Due.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Postado por Faprie às 17:40
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4 comentários:
Meu Sonho
Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar.
Cecília Meireles
em réquiens de sonhos nós vivemos poluídos...
Antes que seja tarde,
Cansei de dizer as mesmas coisas. Cansei. Cansei de dizer, de dizer as outras coisas, outras mesmas coisas. Hoje resolvi (des)dizer tudo o que digo (des)armá-las por dentro como um menino curioso para saber como funcionam os revólveres de espoleta.
Já há algum tempo não falo sobre borboletas resplandecentes e encaixes delicados... arrasto os pés no chão de fuligem e vidro perdendo aviões no canto dos olhos... sou estrangeiro em mim. Fico ao passo que passo? Due, por que são miragens as minhas sedes? Por que tenho estes caninos se meus lábios fendem (leporinos)? O coxo da estepe... eu manco nos meus adentros e não me queixo, sério, não me queixo, todo labirinto requer um "monstro".
Você fala do Agora e eu da Ágora
Nos (des)conheço completemanente e não sei se isto é amor.
Do foragido
Pietro
Um Pedido:
Confabula um gesto sem futuro...
Adieu
Pietro
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